17 de out. de 20212 min de leitura

EFM - Ramal Cabo Frio

A história da Estrada de Ferro Maricá (Ramal Cabo Frio) é, principalmente nas duas décadas iniciais (1899-1920), muito controversa. Os dados colhidos, a maioria de relatos e de jornais da época, são bastante confusos e, portanto, de não fáceis interpretações. Isto, naturalmente, leva a erros, dúvidas e constantes correções. E como foi erradicada há muito tempo (1966) é muito difícil certificar onde eram suas estações e paradas e encontrar vestígios ou registros de suas localizações.

Linha do tempo:

A E. F. Maricá teve o seu primeiro trecho aberto em 1888, ligando as estações de Alcântara e Rio do Ouro.
Em 1889 chegou a Itapeba e somente em 1894 a Maricá.
Em 1901, chegava a Manuel Ribeiro. Nilo Peçanha, como Presidente da Província do Rio e também da República, conseguiu a união da linha com a Leopoldina na estação de Neves, construída para esse entroncamento, e do outro lado prolongou a linha até Iguaba Grande.
Em 1912, entretanto, o capital dos empresários da região acabou e a linha foi vendida à empresa francesa Com. Generale aux Chemins de Fer.
Em 1933, o Governo Federal encampou a ferrovia e a prolongou, em 1936, até Cabo Frio, onde se embarcava sal das salinas das praias.
Em 1943, a E. F. Marica foi passada para a Central do Brasil.
Em fins dos anos 1950, passou para a Leopoldina. Os trens passaram a sair da estação de General Dutra, em Niterói, entrando no ramal em Neves.
Em janeiro de 1962, parou o trecho Maricá-Cabo Frio.
Em 1964, parou o trecho Virajaba-Maricá.
Em 1965, somente seguiam trens de subúrbio ligando Niterói a Virajaba, com o resto do ramal já desativado.
A ferrovia foi finalmente erradicada em 31/01/1966 e dizem por aí que com a ajuda do lendário prefeito Joaquim Lavoura, que tinha uma certa aversão às ferrovias, uma vez que em seu primeiro mandato (1955-1958) foram retirados os bondes e em seu segundo mandato (1963-1966) foi erradicada a E.F.M.